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A Chapada Diamantina, no coração da Bahia

Por Manoel Novaes Neto com informações do Wikipédia, A Enciclopédia Livre

 

O Parque Nacional da Chapada Diamantina fica na parte central do estado da Bahia, no nordeste do Brasil. É uma região de serras onde ficam as nascentes dos rios Paraguaçu, Jacuípe e Rio das Contas.


A Chapada reúne uma variação de atrativos, em destaque os naturais, com passeios e experiências visuais inesquecíveis, mas encontramos muita história e cultura, em um povo pacato, acolhedor e conectado coma terra.

 

No coração da Bahia, é Roteiro certo para quem busca paz e tranquilidade ou para quem está atrás de aventura e contato com a natureza e gente disposta ao encontro.

 

A vasta Mata Atlântica, campos floridos e planícies de um verde sem fim dividem a paisagem com toques de caatinga e cerrado. Imensos paredões, desfiladeiros, cânions, grutas, cavernas, rios e cachoeiras completam o cenário de rara beleza da Chapada Diamantina.

História

Terras inicialmente habitada pela tribo indígena dos Maracás, foi ocupada gradativamente com a chegada dos garimpeiros e dos anos áureos da exploração das famosas jazidas e minérios da Chapada Diamantina.

 

Em 1710 foi encontrado ouro próximo ao Rio de Contas Pequeno, trazendo os bandeirantes e exploradores. Um século mais tarde, são descobertos diamantes valiosos nos arredores do Rio Mucugê, comerciantes, colonos, jesuítas e estrangeiros se espalham pelas vilas, e o detentores de maiores riquezas, grande parte oriunda da atividade agropecuária, que tomba diante da opulência do garimpo.

Região marcada por diferenças sociais e concentrações de renda. Da segunda metade do século XIX até os anos 30 a Chapada foi marcada pelo histórico Coronelismo, que rendeu livros, filmes e novelas.

 

As tradicionais famílias proprietárias de terra davam emprego para os colonos e exploradores a procura de riquezas sendo epicentro economico, desta forma conquistavam a gratidão e fidelidade dessas pessoas formando grandes grupos, até exércitos de 'jagunços' que defendiam os interesses dos patrões com a própria vida. 

Contínuas divergências entre os coronéis levaram a conflitos e à criação de dois partidos políticos que era uma veradeira escolha de lado, representando até uma escolha social. Os liberais e conservadores (pinguelas e mandiocas) em tudo eram divididos, estabelecendo-se até uma cor-símbolo do partido, de uso obrigatório, além da formação de duas orquestras filarmônicas com histórias disputas em festas populares. 

Com a transição do Império para a República chegando com certo atraso à região, as tensões e conflitos só se intensificavam. A possibililade de um governo federal central, além da abolição da escravatura eram mudanças pertubadoras à uma política altamente conservadora.

Com a morte do famoso coronel Felisberto Augusto de Sá, as disputas pelo poder na região se intensificaram. Os coronéis Felisberto Sá e Heliodoro de Paula Ribeiro travaram, através de seus jagunços, uma guerra na região da Chapada dando por fim seu apelido de Era Diamantina. As violentas disputas terminou com a intervenção do governador baiano. 

Um período de relativa paz marcou a passagem de comando dos coronéis a seus sucessores. Horácio de Matosassume as áreas e propõe paz entre as famílias. Um curioso início de carreira para o homem que, após violentas batalhas contra a Coluna Prestes, seria definitivamente considerado o coronel mais temido e respeitado da Chapada. 

 

 

 

 

Famoso reduto de belezas naturais, a Chapada resguarda uma diversidade grande de fauna e flora. São mais de 50 tipos plantas exóticas como bromélias, orquídeas e trepadeiras. Encotramos espécies animais raras, como o tamanduá-bandeira, o tatu-canastra, porco-espinho, além de gatos selvagens, capivaras e inúmeros tipos de pássaros (o beija-flor gravatinha é encotrado apenas nesta parte do mundo) e répiteis. O Parque Nacional da Chapada Diamantina, criado na década de 80 do séc. XX atua como órgão protetor deste imenso ecossistema.

 

 

 

 

 

 

 

TIPOS DE VEGETAÇÃO: Caatinga com grande diversidade quando abaixo de mil metros de altitude; Cerrado com campos rupestres e diferentes tipos de mata (da mais seca à mais úmida); Já acima de mil metros encontramos uma predominação dos campos rupestres com ligados a quartzitos, de solo mais arenoso, predominando o cerrado. As matas desevolvem-se melhor nas encostas, ligadas a granitos e gnaiss, úmidas à medida em que sobe a altitude. As matas de caatinga possuem com muitas árvores espinhosas, como a Acacia e a Mimosa, com lindos cactos e bromélias. Algumas espécies são marcantes na fisionomia da vegetação e a diversidade da flora com gêneros e espécies endêmicos (nativos). 

 

Fauna e Flora

Geografia e Gelogia

 

O sertão já foi mar. E aqui na Chapada, há cerca de 1,8 bilhão de anos, segundo geólogos, aqui já foi sim banhado pelas águas do mar até o choque de placas tectônicas mudassem drásticamente toda a região, criando profundas fendas e depressões que vemos hoje. Então formaram-se as serras sedimentares com a ação dos ventos, rios e mares, desenhando magníficas paisagens, revelando partes inacessíveis da terra, despertando nascentes e acolhendo rios, no que hoje chamamos de Bacia do Espinhaço, onde encontramos elevações de formatos diversificados e extremos. 

A região está dividida geograficamente entre serras: Serra de Rio de Contas, Serra do Bastião, Serra da Mangabeira, Serra das Almas e Serra do Sincorá. São elas dão vida e separam as bacia do Rio São Francisco, do Rio de Contas e do Rio Paraguaçu, que cortam parte do país e deságuam no Oceano Atlântico. 

 

 

 

 

 

 

 

 



A Chapada Diamantina fica na Serra do Espinhaço - uma cadeia montanhosa localizada no planalto Atlântico, da Bahia à Minas Gerais. Com formações do Proterozóico, contêm jazidas de ferro, manganês, bauxita, diamante e ouro. 

Responsável pela divisão entre as redes de drenagem do Rio São Francisco e as redes de drenagem dos rios que correm diretamente para o oceano Atlântico. É considerada reserva mundial da biosfera, por ser uma das regiões mais ricas do planeta, graças sua grande diversidade biológica. 

A Serra do Espinhaço pode ser considerada a única cordilheira do Brasil, pois é singular em sua forma e formação. Há mais de um bilhão de anos em constante movimento, é uma cadeia de montanhas bastante longa e estreita, entrecortada por picos e vales. Tem cerca de 1.000 quilômetros de extensão, no sentido latitudinal do Quadrilátero Ferrífero, ao Norte de Minas e, depois de uma breve interrupção, alcança a porção sul da Bahia. Todo esse percurso apresenta uma diferença mínima de longitude, ou seja, sua largura varia apenas entre 50 e 100 quilômetros. 

A Serra do Espinhaço foi considerada pela Unesco em 27 de junho de 2005 a sétima reserva da biosfera brasileira, devido a sua grande diversidade de recursos naturais; mostrando-nos a importância de protegê-la 

Mais da metade das espécies de animais e plantas ameaçados de extinção em Minas Gerais estão nas Cadeias do Espinhaço. Especialmente na Serra do Cipó, onde se encontra o maior número de espécies endêmicas da flora brasileira. 

As raízes africanas, européias e indígenas se misturam no Espinhaço, deixando marcas nos costumes e manifestações culturais das comunidades locais. A beleza e a cultura da região oferecem condições para o desenvolvimento do ecoturismo. 

Entre os municípios que são cortados pela Serra do Espinhaço estão Porteirinha, Mato Verde, Espinosa, Olhos-d'Água em Minas Gerais e Lençóis, Mucugê, Andaraí, Iraquara, Bonito, Ibicoara, Rio de Contas e Igatu. 

 

Localização, Limites, Explicação dos Limites e Tamanho - Localizada na parte centro-sul do bioma, alongada no sentido N-S e em forma de "Y", seguindo o alinhamento do divisor de águas da Chapada Diamantina. É inteiramente circundada pela ecorregião da Depressão Sertaneja Meridional. Os limites são explicados principalmente pelas mudanças de relevo, altitude e tipo de solo. É a parte mais alta do bioma Caatinga. Tamanho: 50.610 km2. 

 

Tipos de Solo, Geomorfologia, Relevo e Variação de Altitude - Esta é a ecorregião mais elevada da caatinga, quase toda com mais de 500 m de altitude. O relevo é bastante acidentado, com grandes maciços residuais, topos rochosos, encostas íngremes, vales estreitos e profundos, grandes superfícies planas de altitude e serras altas, estreitas e compridas. As altitudes variam de 200 a 1.800 m, com um pico (Pico do Barbado) de 2.033 m. Nos maciços e serras altas os solos são em geral rasos, pedregosos e pobres, predominando os solos litólicos (rasos, pedregosos e de fertilidade baixa) e grandes afloramentos de rocha. Nos topos planos os solos são em geral profundos e muito pobres, com predominância de latossolos (profundos, bem drenados, ácidos e de fertilidade baixa). Boa parte do leste da Chapada Diamantina é constituída por áreas que têm sofrido retrabalhamento intenso, causando um relevo bastante dissecado com vales profundos, com altitude variando de 200 a 800 m. Nestas áreas predominam os solos podzólicos (medianamente profundos, bem drenados, textura argilosa e fertilidade média) e os latossolos.A Chapada Diamantina contém as cabeceiras de vários rios que correm para a Depressão Sertaneja Meridional. 

 

Clima - Na parte oeste o clima vai de quente a tropical, com um gradiente crescente de precipitação das menores para as maiores altitudes. Nas áreas mais baixas a média anual fica em torno de 500 mm, enquanto ultrapassa os 1.000 mm nas partes mais altas. O período chuvoso vai de outubro a abril. Na parte leste o clima vai de tropical a semi-árido, com período chuvoso de novembro a maio e precipitação média de 678 a 866 mm/ano. 

 

Grandes Processos Característicos ou Influências - Gradientes de altitude (inclui os pontos mais altos do NE) que formam "ilhas" de campos rupestres separadas por vales mais baixos de caatinga - processo de isolamento que gera especiações. 

 

Gradiente de temperaturas (apresenta as temperaturas mais baixas do semi-árido) - Grande influência de longos períodos secos, contrastando com uma pluviosidade anual acima de 1.000 mm (chegando em alguns anos a 2.000 mm - maiores índices pluviométricos do semi-árido) e formação de neblina o ano inteiro. Abriga as nascentes da maioria dos rios perenes da Depressão Sertaneja Meridional, sendo o grande divisor de águas daquela ecorregião. Há influência da Serra do Espinhaço em elementos da flora, e a presença de cavernas é muito importante para a fauna.

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FONTE: https://pt.wikipedia.org/

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